Um pouco da história...

Pe. Ezequiel Dal Pozzo nasceu na cidade de Paraí. Desde criança demonstrava vocação para o canto. Cantava músicas de vários estilos. Na escola, representava a turma, quando houvesse alguma atividade envolvendo a apresentação de cantos e com os amigos não era diferente.
Sacerdote do clero secular da Diocese de Caxias do Sul, foi ordenado sacerdote no dia 17 de fevereiro de 2007. Atua na paróquia Santa Fé, cidade de Caxias do Sul. Ao ingressar no Seminário, cultivou a atividade do canto e começou a compor algumas canções, que manifestavam o louvor a Deus e o cuidado com a vida. Muito embora, sempre conservou o estudo da filosofia e a teologia como prioridade.

AGENDA - SETEMBRO

03 – Caxias – Paróquia Pio X – Palestra
27 – Campo Bom – Formação Litúrgica
28 – Nova Prata – Palestra

AGENDA - OUTUBRO

05 - Marau - Palestra
09 – Erechim – Show
23 – Farroupilha – Palestra

AGENDA - NOVEMBRO

26 – Garibaldi – Palestra

AGENDA - DEZEMBRO

09 – Farroupilha
23 –Praia Grande - SC – Show


quinta-feira, 31 de março de 2011

As nossas solidões e a Páscoa


Estamos bem longe de encararmos as dolorosas experiências de isolamento que enfrentamos. Experimentamos todos a dor da solidão. É difícil, talvez impossível, alguém escrever sua história sem passar por ela. Ocorre que todos gostaríamos de fugir, ficar longe dessa dor. A expressão: sinto-me só, reflete uma das experiências humanas mais universais. Diante disso, é comum fazermos de tudo para evitarmos o confronto com a solidão. Ligamos para alguém, acessamos a internet, procuramos os amigos, vamos ao shopping, procuramos ambientes agitados; tudo para fazer-nos pensar que não estamos mais sós. Ou seja, criamos os mecanismos mais engenhosos para evitar que nos lembremos dessa condição. Fugimos da solidão tentando nos distrair com pessoas e experiências especiais, criamos expectativas e buscamos continuamente o novo, o inédito, na esperança de preenchermos aquilo que ainda não foi possível encontrar. Nossa cultura quer continuamente nos fazer pensar que precisamos a todo custo vencer nossa dor física e mental. Não apenas enterramos nossos mortos como se ainda estivessem vivos, mas também enterramos nossas dores como se elas não existissem de verdade.
Diante dessa realidade, a Páscoa de Jesus poderá nos dizer alguma coisa? Jesus, livre de si, e entregue sem reservas ao Pai, obediente ao plano de amor e Salvação do Pai, assume até o fim o destino do justo. Experimenta a força dilacerante da dor, da rejeição e do abandono. O homem das multidões e das massas agora está sozinho no Horto das Oliveiras. Sente profundamente a dor de sentir-se abandonado por todos, pelos seus e sofre a ponto de suar sangue (Lc 22, 44). Sente angústia, tristeza e medo. Quer uma presença amiga quando diz aos discípulos: “Ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26,38). Mas é abandonado, sozinho, diante do seu futuro. “Não fostes capaz de vigiar uma só hora comigo”(Mt 26,40). Surge a última tentação de fugir desta solidão esmagadora. “Abbá, Pai! Tudo te é possível, afasta de mim este cálice” (Mt 14,36). Mas, totalmente entregue ao amor, se agarra somente no Pai: “Não se faça, porém o que eu quero, e sim aquilo que tu queres”. A dor do abandono e da morte encontra seu colo confortante na confiança plena no Pai. A dor e a morte encontram seu sentido na glória da ressurreição.
A pergunta que nos faz relacionar as nossas solidões e dores com a Páscoa de Jesus é: sentiremos mais o conforto para as nossas solidões quando nos entregarmos mais plenamente ao amor, isto é, a fonte do amor, que nos acalenta com um abraço terno e seguro, próprio de um Deus apaixonado por nós?
Pe. Ezequiel Dal Pozzo

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