Um pouco da história...

Pe. Ezequiel Dal Pozzo nasceu na cidade de Paraí. Desde criança demonstrava vocação para o canto. Cantava músicas de vários estilos. Na escola, representava a turma, quando houvesse alguma atividade envolvendo a apresentação de cantos e com os amigos não era diferente.
Sacerdote do clero secular da Diocese de Caxias do Sul, foi ordenado sacerdote no dia 17 de fevereiro de 2007. Atua na paróquia Santa Fé, cidade de Caxias do Sul. Ao ingressar no Seminário, cultivou a atividade do canto e começou a compor algumas canções, que manifestavam o louvor a Deus e o cuidado com a vida. Muito embora, sempre conservou o estudo da filosofia e a teologia como prioridade.

AGENDA - SETEMBRO

03 – Caxias – Paróquia Pio X – Palestra
27 – Campo Bom – Formação Litúrgica
28 – Nova Prata – Palestra

AGENDA - OUTUBRO

05 - Marau - Palestra
09 – Erechim – Show
23 – Farroupilha – Palestra

AGENDA - NOVEMBRO

26 – Garibaldi – Palestra

AGENDA - DEZEMBRO

09 – Farroupilha
23 –Praia Grande - SC – Show


sábado, 30 de julho de 2011

Natal de muitas luzes e pouco Jesus!

Pe. Ezequiel Dal Pozzo

Estamos ainda a quase cinco meses do Natal, por isso, parece estranho já estarmos falando dele, embora seja uma das festas mais importantes para os cristãos. É mais comum, na proximidade do Natal, aproveitar-mos a ocasião para falar sobre esta importante festa. Nas muitas vozes que falam, pelos mais diversos meios de comunicação, existem sempre aquelas que procuram fazer pensar sobre o verdadeiro sentido do Natal. Se diz sempre que é preciso observar e voltar ao sentido primeiro,original da festa e, isso, não é diferente com a Páscoa. Isso ocorre, porque o mercado e os seus interesses tendem a tornar as festas, mais uma oportunidade para as vendas e bem menos um momento de memória daquilo que é o verdadeiro sentido das festas. Isso é proprio da lógica do mercado e não vai mudar. Enquanto isso, aqueles que não tem os mesmos interesses do mercado tentam fazer as pessoas voltarem os olhos e o coração para o verdadeiro sentido dessas importantes datas. Ocorre, que as pessoas se deixam absorver pela lógica do mercado e tem dificuldades para perceber a intensidade em que estão envolvidas. Por isso, a dificuldade em aceitar as outras vozes que chamam para voltar ao sentido original da festas, especialmente, de cunho religioso.

Um exemplo disso é o Natal Luz de Gramado. Verdadeiro espetáculo do mundo pós-moderno e da competente lógica do mercado, todos os anos atrai público de todo o país e fora dele. Apresenta um Natal de luz para o deslumbre dos olhos e das mentes de tantos que, talvez, pouco se perguntam sobre o verdadeiro sentido do Natal. Para muitos visitantes o único momento celebrativo do Natal ocorre nesse encontro com as luzes e com os espaços bem preparados e atrativos das lojas de consumo. Alí, nada se oferece que possa confortar e animar os corações cansados e sedentos de amor. Ao contrário, se oferece produtos e mais produtos, incapazes de preencherem o que o ser humano realmente precisa.

Esta semana a imprensa mostrou que muitos dos organizadores dessas “Luzes” de Gramado estão envolvidos em muita treva. O Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Gramado, Canela e Bento Gonçalves. Os mandados são relativos às investigações referentes ao Natal Luz. Foram denunciadas 34 pessoas ligadas à organização e promoção do evento. Elas são acusadas de crimes de formação de quadrilha e peculato.  Segundo o promotor de Justiça Regional de combate à improbidade e corrupção, Adrio Gelatti, foi possível identificar pagamentos ilegais que chegam a R$ 7,8 milhões, referentes a contas do festival entre os anos de 2007 a 2010.

Uma "produtora cultural" do "NATAL LUZ" de Gramado, em escuta pelo Ministério Público disse: "Por que não mandam MATAR esse cara de uma vez? (referindo-se ao promotor A. Képes, do Ministério Público do RS)... Eles mandam matar mesmo..." diz reportagem do Zero Hora, página 12, do dia 30/07/2011).

Diante disso, ao menos duas conclusões são possíveis. A primeira refere-se ao Natal Luz antes da denúncia de corrupção. Mesmo apresentando tantas luzes e brilhos é um espetáculo que apresenta muito pouco o Jesus da manjedoura, caminho, verdade e vida, luz verdadeira e sentido mais profundo do Natal. A segunda, vem a partir da denúncia e mostra que Jesus, o Filho amado do Pai, que nos pede para termos corações sinceros e retos, tinha pouca vez para agir e se mostrar diante de tanto brilho. Como comentou um amigo meu pelo facebook: “ Pareciam sempre brilhos demais prá um natal autêntico...”

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Aceitando o que acontece


Uma das maiores fontes de angústia para o ser humano é não conseguir moldar a vida de acordo com seus desejos. Todos gostaríamos de ver materializados rapidamente os nossos anseios e, quando isto não acontece, sentimo-nos frustrados e, muitas vezes, cheios de raiva. Tão envolvidos ficamos neste processo, que se torna difícil perceber o quanto esta atitude rígida acaba bloqueando a possibilidade de que o novo, o inesperado e o surpreendente aconteçam. Visto que nossos desejos são, em sua maioria, determinados pelo ego e por emoções conflitantes, vê-los materializados não é, em absoluto, garantia de que nos farão felizes.

Ao contrário, ainda que a princípio possamos nos sentir assim, logo novas inquietações surgirão, para nos levar de volta ao mesmo estado de ansiedade e insatisfação.Por que, então, não buscar uma nova maneira de agir, fora deste padrão? Confiar que a vida nos trará o que for o melhor para nossa evolução é a maneira mais eficaz de aprendermos a relaxar e nos entregarmos sem reservas ao que acontece. É claro que isto exigirá de nós uma disposição permanente para encontrar respostas criativas a cada situação, fugindo dos padrões pré-estabelecidos. A insegurança, que esta nova atitude gerará a princípio, será substituída por uma nova sensação: o prazer de ser surpreendido pela existência.

Texto escrito por Elisabeth Cavalcante

Comentário

O ser humano é um ser de desejos e necessidades. Existe diferença entre essas duas realidades. Necessário é tudo aquilo que não pode faltar para que o ser humano tenha uma vida digna. O desejo vai além da necessidade. Ele é infinito, mas quer se expressar, materializar no finito. Nem tudo o que desejamos é necessário para a nossa vida, de tal forma, que o fato de não alcançar o objeto, a situação, o padrão desejado se torne impossibilidade de realização. Ainda, nem tudo o que desejamos é bom e verdadeiro, muito embora, compreendamos que seja. Muitos desejos são criados em nós por influências externas e alheias a nossa vontade, que entram em nós inconscientemente. As propagandas, por exemplo, criam em nós muitos desejos, que revestidos pela aparência do belo e bom, se tornam verdadeiras necessidades, de tal forma, que não conseguir o objeto desejado, para muitos, se torna sinônimo de angustia e não realização.

Purificar os nossos desejos no crivo da verdade e do bem pode ser um caminho para a satisfação e a realização. A serenidade diante de todas as propostas e produtos que se oferecem também deixa a existência mais leve e menos angustiada por não ter conseguido aquilo, que na verdade, nem é tão importante assim. Viver o prazer de ser surpreendido pela existência, como diz a autora, não deve significar o “deixa a vida me levar” da canção. A vida e as surpresas da vida exigem a nossa maturidade e o nosso continuo aperfeiçoamento no amor e na verdade. A vida não nos trará o melhor sem o nosso esforço e o nosso continuo discernimento entre o bem e o mal, o verdadeiro e o falso, o real e o ilusório. Estamos nós preocupados com essa necessidade continua de evolução para alcançarmos o nosso melhor e o expressarmos na vida?

Pe. Ezequiel Dal Pozzo

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